Maria, feliz porque acreditou
No mundo globalizado em que vivemos, marcado pela secularização, o indiferentismo e o capitalismo em iminente fracasso, que desafios se põe à questão de Deus, ou seja à fé e, consequentemente, à transmissão da fé? A fé é encontro com a pessoa de Cristo; tem a forma da relação com Ele, da memória d’Ele e de formar em nós a mentalidade de Cristo, com a graça do Espírito Santo. O Papa Bento XVI afirmou que no inicio do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. É esta a experiência da novidade do Deus Cristão que é preciso transmitir. É preciso criar as condições para uma fé pensada, celebrada, vivida e anunciada, ou seja, significa inserir-se na vida da Igreja. Para a transmissão da fé, entendida como encontro com Cristo, é necessário amadurecer no povo de Deus uma maior consciência do papel da Palavra de Deus, do seu poder revelador e manifestante da intenção que Deus tem para com o homem, do seu desígnio de salvação e do conhecimento da Tradição viva da Igreja. Por isso, para anunciar e difundir o Evangelho é preciso que se edifique comunidades cristãs capazes de articular com precisão as obras fundamentais da vida de fé: caridade, testemunho, anúncio, celebração, escuta e partilha. Este é o
desafio crescente da Nova Evangelização que se põe à missão da Igreja. Pede-se, pois, capacidade de recomeçar, de ir mais além, de ampliar os horizontes. Torna-se urgente que as nossas comunidades cristãs sejam capazes de assumir com responsabilidade e coragem esta demanda de renovação que a mudança do contexto cultural e social coloca à Igreja, ou seja, à fé, que em Igreja nos gloriamos de professar.
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