Igreja quer padres no Twitter e Facebook

O director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, Cón. António Rego, quer que “os padres se encontrem uns com os outros” no Twitter e no Facebook, duas das mais populares redes sociais da Internet.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o responsável explica que a iniciativa pretende potenciar “a fraternidade sacerdotal” através daqueles meios digitais e marcar o 44.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja Católica assinala a 16 de Maio.
“Este ano cedemos o nosso tempo de antena ao Papa!”, diz o responsável em tom de brincadeira, admitindo que a data “poderá estar um pouco mais esquecida” por causa da prioridade que tem sido dada à deslocação de Bento XVI a Portugal, que termina a 14 de Maio.
“Ide e anunciai… também nas redes digitais” é o lema que sobressai nos cartazes alusivos à data, que já foram enviados para as paróquias.
Vantagens da Internet e dos meios digitais superam riscos
O Cón. António Rego considera que “Bento XVI não faz como muitos agoirentos, que só vêem os perigos no digital e nas redes sociais” da Internet.
Esses inconvenientes “não devem impedir a utilização que podemos fazer dos meios digitais para a nossa missão”, refere o responsável, que acrescenta: “Andar nas caravelas também tinha riscos para os evangelizadores mas eles utilizavam-nas para chegar onde era necessário”.
Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, intitulada "O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra", Bento XVI escreve que os padres devem “anunciar o Evangelho recorrendo não só aos media tradicionais, mas também ao contributo da nova geração de audiovisuais", já que eles "representam ocasiões inéditas de diálogo e meios úteis, inclusive para a evangelização e a catequese”.
Para o Cón. António Rego, “os padres são os inspiradores para fazer passar a mensagem. Acho esta dimensão muito importante, sobretudo para os sacerdotes mais jovens, para que percebam esta dimensão e trabalhem intensamente nela”.
No entender do responsável, o texto do Papa dá a entender “que é fácil” os sacerdotes “ficarem-se pela aproximação ao digital sem a sua utilização como instrumento de pastoral”.
A mensagem de Bento XVI frisa que “no impacto com o mundo digital”, o “presbítero deve fazer transparecer o seu coração de consagrado”.
“Julgo que há aqui um apelo às vocações, na medida em que não renegamos o nosso chamamento nem por um minuto, o que faz com que possamos atrair outros a esse chamamento, que continua a ser real na Igreja”, diz o sacerdote.
“Somos consagrados sacerdotes por causa do nosso coração sair de nós e passar para os outros”, pelo que “a paixão pela missão tem de transparecer sempre”, conclui.

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