Igreja mobilizada para socorrer Haiti - País vive situação de «caos absoluto»

Crucifixo da Catedral de Port au Prince no Haiti depois do sismo

“Este é o pior desastre que ocorreu no Haiti. Morreram muitas pessoas em Port-au-Prince. Os seus corpos jazem por todo o lado nas ruas da capital. Há muita gente que continua debaixo dos escombros. Os hospitais estão lotados com mortos e feridos. O risco de epidemia é altíssimo.” É com esta palavras, telegráficas mas eloquentes, que o responsável pelas emergências da Cáritas do Haiti, Jonides Villarson, descreve a situação que se vive na cidade depois do terramoto de Terça-feira.
Numa mensagem de correio electrónico enviada à rede internacional da Cáritas, o responsável confirmou que os funcionários daquela Organização estão bem e que a sede resistiu ao tremor de terra.
O texto adianta que “as ruas e praças da cidade estão cheias de pessoas que não sabem para onde ir. Tememos que comecem a surgir surtos de violência se esta situação se prolongar, já que apenas é visível a presença da polícia. O presidente da Cáritas do Haiti, o bispo D. Pierre André Dumas, apelou pela rádio à calma e à solidariedade”.
De acordo com o e-mail de Jonides Villarson divulgado pela Cáritas Espanhola, “as necessidades mais urgentes são tendas de campanha, cobertores, roupa, água potável, alimentos, material de primeiros socorros, lanternas e pilhas, além de apoio psicológico às vítimas”.
As escassas informações disponibilizadas pela Cáritas do Haiti indicam que o país está no caos absoluto, devido sobretudo ao colapso das comunicações telefónicas e da maioria das vias terrestres. Além de Port-au-Prince, o sismo terá provocado consequências muito graves nas cidades de Jacmel, Gonaives e Jeremie.
Nesta Quarta-feira, a Cáritas haitiana distribuiu 60 tendas de campanha e bens de primeira necessidade em vários hospitais e clínicas de Port-au-Prince.

Agência Ecclesia

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