Dinamismo eclesial caracteriza comunidades paroquiais do Porto Santo - Suplemento do Jornal da Madeira "Pedras Vivas" 25.08.13



No Porto Santo vai ser celebrada hoje a festa de Nossa Senhora da Piedade. Os párocos das duas paróquias daquela Ilha: Piedade e Espírito Santo, são os Pe. Hélder Gonçalves e Pe. Fábio Ferreira que nos referiram alguns aspectos da vida religiosa naquela ilha.

- Como caracterizam a paróquia da Piedade?
- Na ilha dourada do Porto Santo, além do vasto areal das nossas praias, dos belos ilhéus que nos circundam e de toda a beleza natural, encontramos uma igreja no coração de toda a ilha e que invoca Nossa Senhora da Piedade como nossa mãe, padroeira e protectora. 
A igreja matriz da Piedade é acima de tudo uma casa que todos os dias de porta aberta acolhe todos o que querem fazer uma experiência de Deus e também de vida eclesial. 
Inúmeros são os filhos que nascem, crescem e vivem neste espaço de encontro, de partilha, de amizade, de solidariedade, de fraternidade, etc. Inúmeros também são aqueles que não ficam indiferentes e por curiosidade ou por algo mais entram para conhecer esta obra-prima e sem se aperceberem gastam algum do seu tempo em breves momentos de silêncio e de oração aos pés de Maria ou do próprio sacrário. Por isso, é que esta casa torna-se um lugar muito familiar e acolhedor não só para os portossantenses e madeirenses mas, também, para aqueles que dos vários pontos do mundo nos visitam.
Dos vários sacerdotes que passaram pela paróquia da Piedade, nota-se a preocupação de todos eles em educar as pessoas, especialmente no respeito pelo sagrado, que nos dias de hoje ainda se perpétua. Apesar de uma razoável participação das pessoas nas eucaristias dominicais, há um desejo de Deus no seu coração e de o transmitir as gerações vindouras. 
Nomeadamente, em oferecer as crianças e jovens uma formação com valores cristãos na participação no grupo de jovens, na frequência da catequese paroquial desde a infância a adolescência e das aulas de Educação Moral Religiosa e Católica e também nas actividades escutistas.
Diante das exigências pastorais e no apelo a responsabilidade dos leigos, a equipa sacerdotal criou no passado uma comissão interparoquial, englobando a paróquia da Piedade e do Espírito Santo, para que pensasse a pastoral no seu conjunto e procurando novas formas de traduzir e viver o Evangelho nas paróquias. Com esta comissão e com um grande número de pessoas de boa vontade salienta-se ao longo deste ano pastoral: a preparação das festas da catequese, a dinamização dos vários temas para as missas do parto, a vivência da semana de oração pela vida, a organização da exposição «Bíblia em Festa», a confecção do tapete de flores para o Corpo de Deus no Funchal, a vivência do dia paroquial da Família, a participação nas actividades diocesanas entre as múltiplas actividades que são proporcionadas.
A paróquia que não se limita única e exclusivamente aos seus muros físicos também é desafiada a sair de si mesmos e percorrer as estradas para manifestar a beleza da fé. 
A Conferência Vicentina ultrapassa estes muros e entra dentro da casa de várias famílias acompanhando-as com pessoas voluntárias e ajudando-as com bens alimentícios e de higiene. As irmãs de Nossa Senhora das Vitorias, conhecidas por Vitorianas, colaboram com a formação das crianças na Externato de Nossa Senhora da Conceição e com o cuidado dos idosos na Fundação Nossa Senhora da Piedade. E, por fim, os Amigos da Irmã Wilson, que com um olhar atento, procuram estar atentos as necessidades do próximo.

- Há alguma pastoral específica para o Verão? 
- Durante o tempo de Verão, a paróquia é envolvida por um ambiente festivo dos arraiais paroquiais: festa de Nossa Senhora da Graça, celebrada na capela da Graça entre os dias 14 a 16 de Agosto; festa de Nossa Senhora da Piedade, padroeira da igreja matriz, celebrada no dia 25 de Agosto; e, por fim, a festa em honra do Santíssimo Sacramento, celebrada nos dias 31 de Agosto e 1 de Setembro.

- Que obras estão a decorrer na Igreja da Piedade?
- Com o passar dos anos, o camarim da Igreja foi deteriorando-se, especialmente com os ataques da formiga branca e com algumas infiltrações no telhado. A comunidade sensibilizada para este facto começou a mobilizar-se para o arranjo do camarim através de bazares nas festas, da venda de rifas, romagens nas festas paroquiais, na confecção e venda de bolos e doces caseiros e da generosidade de muitas e muitas famílias. Nos dias 31 de Agosto e 1 de Setembro, as portas do camarim serão abertas e este se apresentará adornado para que todos possam contemplar esta obra-prima feita com o trabalho, a boa vontade e o amor de todos os portossantenses. 
Muitas são as obras que a nossa igreja necessita, tais como o coro da igreja, o arranjo da torre sineira, o restauro do tecto da capela-mor e o restauro das trezes imagens que compõem a representação da Última Ceia. Atendendo a falta de verbas e as grandes dificuldades das pessoas, todas estas obras encontram-se suspensas até que um dia se possam realizar.

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