MENSAGEM PASTORAL DO SR.BISPO - 50 ANOS DAS NOVAS PARÓQUIAS

Mensagem Pastoral de D. António Carrilho, Bispo do Funchal,
nos 50 anos da criação das novas Paróquias

Paróquia, Igreja em Missão

Foi no dia 24 de Novembro de 1960, precisamente há 50 anos, que o Bispo de então, D. David de Sousa, publicou um “Decreto sobre a actualização das Paróquias” da Diocese do Funchal, que entraria em vigor no dia 1 de Janeiro de 1961.
As deliberações nele expressas corresponderam, como ele próprio escreveu, a um longo estudo e diálogo, em diversas instâncias eclesiásticas e civis, sobre “as condições topográficas, as distâncias e a dispersão da população” e “a necessidade de levar a Igreja ao meio dos núcleos populacionais, a fim de lhes tornar fácil o cumprimento dos deveres cristãos e de lhes poupar grandes e constantes sacrifícios em caminhadas.” Nesse projecto foram também consideradas “as vantagens espirituais que podem provir do sensível alargamento do espírito de iniciativa, de realizações e de trabalho em geral por parte dum bom número de sacerdotes” de que a Diocese dispunha.
Como fruto deste “estudo sério e diligente”, D. David de Sousa houve por bem criar o Arciprestado de Câmara de Lobos, com as paróquias dos Concelhos de Câmara de Lobos e da Ribeira Brava, manter inalteradas 16 das 52 paróquias existentes e desmembrar as outras 36 em 50 novas paróquias, ficando assim a Diocese do Funchal com 102 paróquias, e estabelecendo-se para elas as respectivas sedes, limites e patronos.
Bem podemos nós imaginar a tarefa e o dinamismo pastoral que tais deliberações acarretaram para o povo cristão em geral e seus pastores, criando-se uma proximidade maior e um maior relacionamento entre as pessoas, ainda que nem sempre fácil pelos diversos condicionalismos das suas vidas. Muitos se empenharam na construção de novas igrejas, com espaços mais adequados à celebração da Eucaristia e dos outros Sacramentos, à celebração das festas tradicionais e dos respectivos patronos, à organização de associações, missões populares e outras formas de pregação e catequese.
Se é verdade que algumas das novas paróquias não conseguiram implantar-se e estruturar-se (hoje são apenas 96), a grande maioria desenvolveu-se com o sentido e o espírito comunitário, que lhes era proposto. Como pensava D. David de Sousa, na Paróquia-Comunidade estaria “o futuro espiritual da Diocese”.

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