D. António celebrou 493.º aniversário da Catedral

A Catedral do Funchal celebrou ontem (18 de Outubro) os 493 anos da sua “sagração”. Um acontecimento actual no seu significado e simbolismo, que traduz a “unidade e a comunhão” da Igreja diocesana.
D. António Carrilho presidiu à Missa de Acção de Graças, na homilia lembrou factos do tempo presente e dirigiu-se particularmente aos jovens e aos emigrantes.

“Esta bela e vetusta Catedral, cujas pedras seculares nos falam do encontro com Deus e com os homens, remonta ao tempo dos Descobrimentos e foi dedicada a Nossa Senhora da Assunção”, começou por lembrar o Bispo do Funchal na celebração de ontem relativa ao 493.º aniversário da Sé da nossa diocese.
“Toda ela evoca não só a expansão territorial portuguesa e o encontro de culturas, mas reflecte o ardor missionário de um povo que encarnando os valores do Evangelho sentiram a urgência de comunicar a sua fé em Cristo aos outros povos”, acrescentou.
Na sua homilia, e ainda a propósito da identidade missionária, D. António Carrilho citou a mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial das Missões, na parte em que se refere que “o estilo missionário foi sempre sinal de vitalidade para as nossas Igrejas e a cooperação entre elas é testemunho de unidade, de fraternidade e de solidariedade que nos tornam anunciadores do Amor que salva”.
Neste contexto recordou acontecimentos recentes que provam a “solidariedade” entre os crentes, como o “resgaste dos 33 mineiros do Chile”, com o apoio também de uma “rede de oração”, no passado dia 13 de Outubro, data em que se asinalava o aniversário da última aparição da Virgem em Fátima.
“Quem aceita as propostas de vida e liberdade oferecidas por Cristo encontra em todos os momentos razões para viver com alegria e esperança”, sublinhou.
Na mesma dimensão, o Bispo do Funchal dirigiu-se particularmente aos “jovens que “anseiam por um mundo melhor”, fazendo um apelo: “ousai viver e anunciar o Evangelho da vida e da esperança na escola, na rua, no trabalho, usando as modernas tecnologias da comunicação”.
Uma palavra também para as nossas comunidades de emigrantes - em termos de “comunhão com toda a Igreja diocesana”, que “consigo transportaram a fé e as tradições cristãs das suas terras.”
“A todo recordo e por todos rezo, confiando-os à maternal protecção de Nossa Senhora. Lembro hoje, em especial, quantos visitei e comigo se encontraram nos diversos momentos da minha recente visita a Jersey, nos 6 a 10 deste mês de Outubro, culminando com a festa em honra de Nossa senhora de Fátima”.
Nesta solenidade do aniversário da nossa Catedral concelebraram com D. António Carrilho vários sacerdotes; destacando-se ainda a presença de um grupo de seminaristas e a animação litúrgica que esteve a cargo do “Coro da Catedral” dirigido e acompanhado ao órgão pelo Maestro Victor Costa.

Vera Luza
Jornal da Madeira 19.10.10

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