Homilia de D. António Carrilho, Bispo do Funchal,

na celebração em memória e sufrágio das vítimas do temporal do 20 de Fevereiro de 2010

Sé do Funchal, 28 de Fevereiro de 2010

Olhar em frente, construir um futuro solidário!

Irmãos e Amigos

Está ainda muito vivo, nas nossas memórias e nos nossos corações, o cenário de destruição e sofrimento, causado pelo trágico temporal, que assolou a Madeira, no dia 20 deste mês de Fevereiro.
Visitando as zonas mais afectadas, observando a força das imagens televisivas e fotos publicadas, e contactando com a população nalguns lugares, junto das suas casas e dos seus negócios ou nos espaços destinados aos desalojados, eu pude conhecer bem de perto a história e a situação de muita gente: vidas destroçadas pela morte e desaparecimento de entes queridos; sonhos e projectos de longos anos subitamente desaparecidos; perda de grande parte ou da totalidade dos seus bens, como as próprias habitações e as fontes ou garantias do sustento quotidiano; destruição da beleza e encanto de tantos espaços comuns de convivência e lazer da nossa cidade e da nossa Região.
No quadro desta catástrofe, cada pessoa tem a sua história própria e única: momentos de perplexidade e angústia, sem saber o que fazer nem como fazer; a alegria de ajudar alguém a salvar-se ou de sentir-se ajudado e liberto de algum perigo; a fé e a esperança, expressas na oração, em súplica confiante a Deus, por intercessão da Virgem Nossa Senhora ou de algum santo da devoção pessoal. Enfim, tantos casos e tantos testemunhos, que emocionam, suscitam compaixão e desejo de ajudar, edificantes pela coragem e pelo espírito de caridade, que manifestam. A par da natural angústia e possível desespero momentâneo, perante situações de verdadeira impotência humana, surgem gestos e atitudes de profundo humanismo e sentido cristão.

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