Homilia do Sr. Bispo na Dedicação da Sé 18.10.09

Homilia de D. António Carrilho, Bispo do Funchal, na Celebração da Dedicação da Catedral do Funchal
Sé do Funchal, 18 de Outubro de 2009
A Catedral, Centro da Unidade e Comunhão Diocesana
Celebra a nossa Igreja Diocesana o aniversário da solene Dedicação da sua Catedral, a 18 de Outubro de 1517, pelo bispo D. Duarte, delegado do Bispo titular, D. Diogo Pinheiro. Ela constitui o espaço privilegiado para a celebração da Palavra e da Eucaristia, a cátedra onde o bispo exerce o seu ministério de ensinar, transmitir a fé da Igreja e celebrar os sacramentos.
Nesta solenidade litúrgica se evoca e promove, de forma simbólica, a unidade de todas as paróquias da nossa Diocese com a Igreja Mãe – a Sé do Funchal, lembrando, hoje, também, com a Igreja Universal, o Dia Mundial das Missões e a importantíssima missão da Igreja no anúncio do Evangelho.
E para nós, aqui reunidos, é ainda a celebração de despedida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que após seis dias de permanência nesta igreja Catedral, parte para a Fajã do Penedo, iniciando aí a sua visita às comunidades cristãs do Arciprestado de S. Vicente e Porto Moniz. A Sé foi a primeira paróquia que a recebeu, agora parte em peregrinação por todas as outras comunidades paroquiais da Diocese.

A Igreja, Corpo Místico de Cristo

A primeira leitura relata-nos uma grandiosa visão do profeta Ezequiel, no exílio de Babilónia (cf. Ez 47,1-12). Sendo sacerdote, manifesta uma profunda preocupação pela dignidade do templo, o lugar por excelência de oração e do encontro com Deus. O Rio de Água Viva que jorra do altar do templo do Senhor (Ez 47,1) simboliza a riqueza e a abundância das bênçãos de Deus para com o Seu Povo, que, nos tempos do Messias, atingirá a sua plenitude, com a graça do Espírito Santo e a superabundância de Vida eterna, oferecida por Cristo à Humanidade: a Água que Eu der – disse Jesus à Samaritana – tornar-se-á uma fonte de Água a jorrar para a Vida eterna (cf. Jo 4, 14). Desde então, a sede de Infinito do homem e da mulher será n’Ele plenamente saciada.
Na segunda leitura, S. Pedro recomenda à comunidade que se aproxime de Jesus Cristo, “pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus”(1Ped 2, 4). A fé é a chave de leitura deste texto paradoxal. Só o Espírito Santo nos faz descobrir o mistério do amor de Deus, na rejeição e morte do Filho Amado, e a poderosa intervenção do Ressuscitado, no dinamismo da vida da Igreja e do mundo. As “pedras vivas” simbolizam os membros do Povo de Deus, unidos a Cristo e comprometidos com Cristo, “Pedra angular”. As “pedras vivas” da Igreja do Senhor somos todos nós, se partilhamos a corresponsabilidade, a vida e a acção pastoral da Diocese, nas diferentes comunidades cristãs, instituições e grupos apostólicos.

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